22/01/2013

Em solo Canadense!

    Ufa! Precisamos respirar um pouco, em razão da correria acabei me ausentando novamente e acabei não falando de nossa viagem, assim farei um breve resumo sobre nossa vinda para o Canadá.
   Os passaportes foram liberados no dia 03/01, avisamos a Maria João, no entanto, ela somente fez a retirada dos mesmos no dia 09/01, ficamos indignados, pois ligávamos, mandávamos e-mails, mensagens e não obtínhamos respostas, depois de muita insistência e muitos telefonemas ela nos informou que havia tido "problemas pessoais" justificando seu atraso - problemas todos temos, faltou comprometimento de sua parte como profissional pois o serviço já estava pago - assim, ficamos aguardando os passaportes, ela nos encaminhou via SEDEX, porém os dias passavam e nada dos passaportes, o Glaucio foi a Agência dos correios e para nossa surpresa eles não conseguiam rastrear, ou seja, não sabiam onde estavam, entramos em pânico pois estávamos de mãos atadas.
   Sabem a famosa Lei de Murphy que afirma que "se alguma coisa pode dar errado com certeza dará"? Pois é, tudo estava conspirando contra nós, os passaportes não chegavam, adoecemos em escala, eu estava tão envolvida, preocupada em organizar nossa mudança, que peguei uma virose e nem percebi, achei que o cansaço, desconforto fosse resultante da correia, assim, passei pra Camila, que passou pro Glaucio e pra Bianca, quando estávamos começando a ficar bem, a Bianca gripou e tudo se repetiu sucessivamente, resolvemos então transferir por duas vezes a data da viagem, desmarcamos os imóveis que havíamos selecionados para quando chegássemos e decidimos aguardar, até que no dia 14 o Glaucio retornou ao Correio e para nossa grata surpresa eles lá estavam, marcamos então as passagens em cima da hora pro dia 16.
   Assim que informamos aos familiares que estávamos com os passaportes novamente fui pega de surpresa por minha mãe que disse sutilmente que estava torcendo pros passaportes não chegarem e que estava com vontade de me pedir para não ir, eu logo disse - mãe não faça isso comigo.
   Não foi fácil o momento da despedida o coração ficou apertado e ao mesmo tempo acelerado por saber que estávamos perto de chegar onde queríamos, chorei muito embora tenha me preparado para que isso não acontecesse, mas não dá pra evitar, entre risos e lágrimas nos abraçamos e desfrutamos daquele momento.
   Entendo perfeitamente a preocupação de cada um, a saudade que fica ... a distância que nos afasta ...  pedi que ficassem felizes por nós pois estamos realizando um sonho.
   E assim, embarcamos.
   Saímos de Belém no voo da Tam às 14:20 rumo  ao Aeroporto de Guarulhos, esse pequeno trecho serviu como prévia para sabermos o que íamos enfrentar com nossas princesinhas, foi cansativo. Chegamos em Guarulhos e ficamos aproximadamente 4 horas aguardando para embarcar na Air Canadá, infelizmente não há voo direto de Belém.
   Assim, às 22:20 embarcamos, as comissárias foram muito atenciosas com a meninas, a Bianca ficou toda animada quando percebeu que todos falavam inglês e começou a dizer "hello, thank you" sempre que vinham falar com ela, rsrsr.
   O voo é bem tranquilo para quem vai sem criança, rsrsr, o avião é confortável, disponibilizam DVD, o jantar servido estava delicioso (filé ao molho com purê, salada de cenoura e brócolis ou frango, de sobremesa um mini bolinho de limão e bebidas) em seguida ofereceram café ou chá, no café da manhã as opções eram panqueca ou omelete acompanhadas de pão, geléia, manteiga, café, leite, suco).
   Assim que desembarcamos seguimos para o setor de Imigração, enfrentamos uma fila enorme, embora estivéssemos com crianças aqui  não há atendimento preferencial, a Mila começou a chorar compulsivamente, todos nos olhavam, então uma funcionária se aproximou e sugeriu que eu aguardasse numa parte mais reservada, fora da fila até que chegasse nossa vez, achei uma ótima idéia.
   Assim que o Glaucio foi atendido ele me chamou, ao me aproximar da funcionária ela olhou para meu passaporte, olhou novamente pra mim e pro passaporte e ficou repetindo inúmeras vezes a mesma atitude, em seguida olhou pra Mila e ao olhar pra Bianca tornou a olhar repetidas vezes para o passaporte, percebi que ela estava desconfiada, então se afastou por um momento e falou com outra funcionária, todo esse processo demorou mais de 1/2 hora, todos foram atendidos, inclusive os que estavam atrás de nós e nada de sermos liberados, comecei a ficar ansiosa, principalmente depois de ver a reação da funcionária - séria, desconfiada, irritada - resumo da ópera, após ser informada do que eu não poderia fazer no Canadá (várias restrições) fomos liberados e o Glaucio me disse que a funcionária estava tentada a barrar nossa entrada. porque? Nem ele entendeu, pois ao explicar que iria fazer o pós doutorado ela questionou o que nós (Eu, Bianca e Mila) estávamos fazendo aqui? Qual era minha profissão? Se as meninas eram nossas filhas? Pra que serviu a certidão? Obviamente ele respondeu que a família veio acompanhá-lo, que a Bianca iria pra escola, a Mila pra creche e eu faria curso de imersão em língua inglesa e pretendia trabalhar na área gastronômica, no entanto, ela não ficou satisfeita com a resposta, o Glaucio tentou de todas as formas fazê-la entender que tinha obtido autorização para estudar e ela grosseiramente respondeu que poderia fazer as perguntas que quisesse pois estava autorizada a fazer e que ela "decidiria" se iríamos entrar ou não no Canadá, aí o Glaucio ficou branco, verde, amarelo ... e foram os mais longos minutos em que buscou argumentos válidos para convencê-la ... até que fomos liberados e encaminhados ao setor de bagagem, fomos recebidos por um funcionário muito simpático que pediu que identificássemos nossas bagagens, localizei (quase todas - em decorrência do cansaço esqueci o bebê conforto) e ele prontamente  nos levou ao portão de saída, por este serviço pagamos $ 40,00 dólares e ficamos aguardando o transporte do hotel pois no pacote que reservamos incluia o traslado. 
   Assim que saímos percebemos o quanto Toronto se parece com SP, foi uma sensação muito boa sairmos daquele Aeroporto e sabermos que íamos começar uma nova etapa juntos.
   Ao chegarmos ao Hotel tomamos café e tratamos de colocar as meninas pra dormir pois todos estávamos cansados, até que não foi difícil fazê-las dormir.
   Quando chegamos não estava nevando, assim que acordamos e olhamos pela janela, vimos aquele pozinho branquinho e fininho caindo aí a empolgação foi geral, nos agasalhamos e fomos experimentar a sensação que a neve proporciona ... como é linda, a Bianca ficou encantada e assim aproveitamos nossa noite de um modo bem diferente e especial.
  Canadá que bom te chamar de meu novo lar.
   Abraços!
   Mary.


3 comentários:

  1. Olá Mary e Glaucio,

    sejam bem vindos. Eu mandei um e-mail para vcs, não sei se receberam. Se não, me mandem um e-mail no marcota.barbosa@yahoo.ca que eu passo novemente meu telefone para vcs.
    Não exitem em ligar se precisarem de alguma coisa. As camas estão aqui se ainda estiverem interessados. Eu não sei porque pensei que vcs chegariam em fevereiro.
    Vcs chegarm em uma época bem fria, mas fiquem tranquilos, não ficará assim por muito tempo e em breve vai ser muito mais agradável ficar lá fora e vcs poderão aproveitar mais a neve.
    Um abraço
    Mari

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Mari! Que bom sabermos que podemos contar com a ajuda de vocês, são tantas dúvidas, rsrsrs.
    Abraços!
    Mary








    ResponderExcluir
  3. Bom dia Mari! Não recebemos seu e-mail, você poderia nos repassar novamente?
    Abraços!

    ResponderExcluir