23/03/2013

Pós doutorado - Programa Ciência sem Fronteiras

   A pedido de algumas leitoras que solicitaram informações sobre o pós doutorado, decidi escrever um post concernente a aquisição da bolsa.
   Vocês já ouviram falar no Programa Ciência sem Fronteiras?
   Criado em julho de 2011, o programa do governo federal visa a promoção de desenvolvimento tecnológico e científico por meio do intercâmbio de estudantes e pesquisadores em instituições estrangeiras de alto nível.
   Podem participar alunos da graduação e de pós-graduação que estejam em cursos dessas áreas em instituições de ensino superior que aderiram ao programa e pesquisador.
   Para o brasileiro que vai para o exterior, as opções de bolsas oferecidas são doutorado-sanduíche; doutorado pleno; pós-doutorado; graduação-sanduíche; treinamento de especialista no exterior em empresa.
   Podem se inscrever alunos de graduação, pós-graduação e de cursos superiores de tecnologia de instituições de ensino superior públicas ou particulares de todo o país. Os candidatos de graduação precisam estudar em instituições brasileiras que tenham aderido ao programa. Já os de doutorado-sanduíche e doutorado pleno precisam ser aceitos nas universidades estrangeiras em que pretendem estudar antes de se inscreverem no Ciência Sem Fronteiras.
   O pesquisador que visa uma vaga de estágio de treinamento deve ter formação compatível com o nível e a finalidade do estágio, ter experiência profissional e produção técnico-científica e deve estar empregado.
  Tanto os estudantes quanto os profissionais devem estar em cursos ou serem formados nas áreas consideradas prioritárias, como engenharia e ciências biomédicas.
   A bolsa para graduação-sanduíche, por exemplo, é de US$ 870. Em euro, é de € 870 e, em libras, de £870. Já o auxílio-moradia é de US$1.320 (mesmo valor em euros e libras). Ainda há verbas para a compra de material didático e de seguro saúde. 
   Já as bolsas de pós-graduação vão de US$ 1.300, para doutorado, a US$ 2.100, no caso de pós-doutorado.
   O Brasil tem convênios firmados com Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Coréia do Sul, Estados Unidos, Espanha, França, Holanda, Itália, Japão, Portugal e com o Reino Unido. 
   As áreas prioritárias do programa hoje são: engenharias e demais áreas tecnológicas; ciências exatas e da terra; biologia, ciências biomédicas e da saúde; computação e tecnologias da informação; tecnologia aeroespacial; fármacos; produção agrícola sustentável; petróleo, gás e carvão mineral; energias renováveis; tecnologia mineral; biotecnologia; nanotecnologia e novos materiais; tecnologias de prevenção e mitigação de desastres naturais; biodiversidade e bioprospecção; ciências do mar; indústria criativa (produtos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação); novas tecnologias de engenharia construtiva; formação de tecnólogos.
   O Ciência sem Fronteiras tem parcerias já firmadas com Febraban (Federação Brasileira de Bancos), CNI (Confederação Nacional da Indústria), Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), Petrobrás, Eletrobrás e Vale.
   Além disso, algumas empresas aderiram ao programa para oferecer estágios aos alunos e pesquisadores. É o caso de: Natura, BG,  SAAB, Boeing, Hyundai, Varian,  Sanofi, Nasa, Frito-Lay, Dupont-Wilmington, Amgen, SnowShoe Food Inc., Robostics Institute, Gulf Coast Research Laboratory, Tate & Lyle, Baxter, Motorola e Ingredion, entre outras empresas, que também apoiam o programa financeiramente.
   Bem, o Glaucio é Editor Associado de uma revista especializada em Computação e Engenharia e foi convidado por um outro editor da mesma revista a revisar um trabalho técnico de pesquisa, após a revisão ele contactou o professor, explanou sobre seu campo de trabalho e o convidou a firmar parceria em campos de pesquisa, tendo o aceite do mesmo.
   Após quase 1 ano de trabalho juntos, o Glaucio solicitou ao seu parceiro de pesquisa e Professor da Ryerson University uma Carta convite para realizar sua inscrição e concorrer a uma bolsa no Projeto, tendo sido aprovado.
   É importante lembrar que no Canadá o pós doutorado não é considerado estudo e sim trabalho, tendo, portanto, sido solicitado visto de trabalho.
   Espero que as informações repassadas possam contribuir para sanar as dúvidas das queridas leitoras.
Abraços e boa sorte !
Mary.




 

Um comentário:

  1. Oi Mary, primeiramente, parabéns por tudo que vocês já conseguiram.
    "Segundamente", por favor, me tire uma dúvida: o Glauco vai tentar fazer o pedido de imigração em que categoria levando em conta o posdoc?Pergunto isso porque tenho chances concretas de conseguir uma bolsa do CsF para posdoc como ele e tenho a intenção de imigrar.
    Obrigada por tudo.
    Beijos,
    Ana

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